segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Eu hoje não pensei que o dinheiro fosse me fazer feliz. Eu hoje não pensei que eu preciso de dinheiro pra ser feliz. Eu hoje pensei que poderia ser feliz e ter dinheiro. Eu hoje pensei que ser feliz era o suficiente pra ter dinheiro. Eu hoje pensei que a felicidade deveria prevalecer em meu dia. Eu hoje pensei que por dinheiro eu não posso ser feliz. Eu hoje não pensei que pra ter dinheiro preciso ser infeliz 12 horas do meu dia. Eu hoje pensei que poderia ser feliz pra ter dinheiro. 


E então me disseram que ou sou feliz ou tenho dinheiro.


Eu hoje chorei.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Supostamente nossas escolhas são aprendizados. Quando nos abrimos à coisas novas, nos desafiamos. Como medir nossos atos diante de tamanho desafio? Viver é sempre um desafio.

Pois eu acredito que vivo. E acredito que mantenho meus sonhos guardados. Mesmo que muitas vezes ajo contra eles. Mas eles ainda existem, e não consigo mudá-los.

Hoje minha escolha foi chorar, depois de momentos de risos intensos. Fraquejei quando já não havia mais pra quem rir.

E meu foco não foi mais minha imensa alegria em viver pros desafios. Meu foco foi a profunda tristeza em não cumpri-los.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

A dor estagnou da pior maneira.
Tento conter minhas lágrimas que não querem cessar. E eu tento não pensar no sofrimento que me acompanha nesse caminho escolhido por mim. Burra, burra, burra. Alimento meu sofrimento todos os dias.
Os cigarros não me acompanham mais, e não tenho como usá-los para me acalmar. Mas de que adianta a calma com o dinheiro que não tenho sendo tragado estragando meu pulmão?
Certo, eu sou mais saudável agora. Nem mesmo penso em um social para me sentir alterada, pois o dinheiro me limitou, e ainda por cima tudo volta depois da alucinação. E o sorriso novamente se faz choro.
E quando eu acho que encontrei alguma resposta para estar tão escuro, tudo vira tempestade. E quando eu acho que sozinha é mais correto, algo dá errado.

Eu já não sei mais onde e porque estou. Parecia fácil vendo de longe. E agora o que eu quero está longe. Ou me ceguei com esse sofrimento e não vejo a distância do que eu quero.
E se eu sei como resolver isso, por que não se resolve? Porque há seres que deveriam me ajudar, e me atrapalham. Porque a maldade em pequenos atos me afeta muito mais que o fato de estar sozinha.

Me tranquei num mundo meu. E aqui ninguém quer entrar, mesmo que eu precise.
Um socorro não me ajudaria, nem mesmo um fim drástico. Me ajuda o tempo correr e as respostas brotarem. Até então quero estar quieta, surda, muda. Mas não tão cega. Não mais.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

"Você sente o vento entrando pela janela agora? Eu senti necessário um cobertor. E tua pele era quente antes. Era o que me aquecia por um dia."

Eu tive que partir. Deixei nada pra trás. Porque não me prendo mais ao que passou. E não posso mais deixar que o passado me afete.
E como o vento, entrei neste quarto. Aqui fiquei. E quando olho o horizonte, tenho outras visões. Aqui é cinza, mas em mim há cores.
Alguma coisa ainda me incomoda quando me olho no espelho. E me pego a pensar se é só a mim que incomoda. E tento concluir que minhas cores são mais valiosas.

Eu ando em passos largos - sozinha. Certa do caminho que percorro. E o meu desespero deixei pra trás; e o meu medo se escondeu.
E as horas passam, e eu tento sorrir. Me lembro de lá, vagamente, como uma vida passada. E há pessoas que permanecem. E há pessoas impossíveis de esquecer.
E você talvez pudesse ser. Talvez pudesse estar. Talvez, nesse meu caminho de cores - você tem todas. E poderíamos colorir essa cidade juntos. Talvez.

Eu jogaria nossas cores ao vento, e todos na rua se contagiariam com elas.
Seu corpo me aquecendo, nossos corpos se colorindo.

E passemos em frente nossas escolhas. E abandonemos nossas dúvidas.

O que me incomoda é simples mudar. As cores não mais.

sábado, 18 de outubro de 2008

Eu já nem sei mais o que é você. Não posso mais me julgar pelos atos repetidos. Quantas vezes disse a mim mesma que não permitiria tal ofensa ao meu corpo. Mas naquele instante me faz tão bem.

Então vem você - atrasado. E eu sinto saudades. Mas não consigo deixar isso claro - nem pra mim. E você me parece tão certo, mas no fundo sei que sou só um corpo pra você também. Devido aos atos repetidos.

Então vale realmente a pena me privar dos desejos incontroláveis? Se são incontroláveis, como posso privar meu corpo?

Se me disser que só pensa em mim, eu te digo que penso em você. A partir de então meus pensamentos serão seus. E de repente tenho o controle em mãos.

Não me sinto bem em não ter sido você. Pior ainda em ter sido quem foi.
E meu pecado foi ter esperado demais. E meu pecado foi ter me iludido e desiludido.
E no momento eu sou pecado.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

O universo feminino e o universo masculino simplesmente não casam. E é bem difícil entender isso.

Típico de mulher imaginar o sexo casual como um futuro relacionamento.

Típico do homem não se entregar ao sentimento culpando uma suposta fase de vida.

Quantas fases de vida. Quantas pessoas certas passam pela fase errada!

E, na minha opinião, quanta covardia limitar-se por medo!

As experiências de vida são aprendizados, mas as pessoas não são iguais.

E que triste as comparações inevitáveis em nosso cotidiano, fechando os olhos para um novo sorriso, um novo olhar, um novo toque. Isso pode levar a vários lugares, e é fácil dizer que existe apenas um! Não! Não são as mesmas conseqüências.

Então um diálogo é tão desnecessário, porque a expectativa da mágoa faz com que o sofrimento se antecipe. E antes mesmo de saber quão especial é a pessoa, prende-se à situação.

E quais as garantias que tenho que todos os homens são iguais? Sim, eu realmente já passei dessa fase.

Já se tornou ridícula a argumentação. E que fase é essa que te bloqueia? Não existe isso. E o tempo me mostrou muito. E não são fases, e sim pessoas. Não é seu bloqueio, é a química. Não é só o medo, é o querer.

Ainda está doendo ou já passou? Ninguém vai te machucar ainda mais, se você não quiser. Mas te ajudar na cura talvez. Porque cada um é único, e disso você ainda não tem certeza.

sábado, 20 de setembro de 2008

E como se uma criança fosse deixada em meio à floresta. Sem saber onde está, perdida. Procurando um caminho dentre as árvores, procurando uma luz na escuridão.
Eu já me senti assim, há tempos. Talvez cedo demais pra uma sociedade acomodada. Talvez cedo demais pra última filha de um casal separado. E o pouco tempo deveria abrir meus olhos para enxergar a vida de outro modo. E o pouco tempo deveria me levar à auto-aceitação, e deveria me fazer acreditar na responsabilidade.
Então não posso sofrer por ser sozinha. Não posso sofrer por aceitar os obstáculos. Não posso sofrer por precisar da minha privacidade.


E a criança após desespero, fome, choro, e todas as angústias possíveis, aprende. E não se mede mais a idade. Não se pode comparar aquele ser que sofreu sozinho, chorou por apoio e não obteve resposta. Porque se fosse tudo tão fácil, não haveria o que encontrar, pois não precisaria procurar.


E agora que eu sei que só eu posso encontrar meu caminho, me parece inútil o apoio familiar. E os conselhos sábios, são apenas palavras de respeito.

Por ter sido a criança jogada em meio à floresta, só eu sei como aprendi viver dentro dela. Só eu sei a fome, a sede e o medo que passei. E não há outro salvador além de mim. E nem precisei do caminho de volta – porque não existe mais.